·
BATUQUEIROS DO SILÊNCIO
Como assim surdos tocando música? É uma
pergunta válida, porque realmente é muito difícil imaginar que isso ocorra. No
curta, Batuqueiros do Silêncio, ver-se que isso ocorre sim, e muito mais perto
da gente do que pensamos.
Numa escola em Recife, vem a proposta de
ensinar os surdos a tocarem, ninguém acredita que isso possa vir acontecer, mas
utilizando de sensores e lâmpadas, a mágica ocorre.
Irton Siva (Batmam Griô),
professor e idealizador desse projeto,
fala em algo que acredito, para tentar entender o outro é necessário se colocar
no seu lugar, e é isso que ele vivencia ao estar com esses garotos e garotas
quando estão tocando seus instrumentos, é necessário deixar de ser ouvinte e
apenas sentir o prazer em tocar.
“Limites existem nos
ouvidos de quem ouve e não nas mãos de quem toca.”
·
O CEGO ESTRANGEIRO
Uma tela preta, assim como um cego, é o que
podemos ver, com exceção apenas das legendas. Um cego narra sua história e nos
permite por pelo menos um segundo experimentar o não enxergar o mundo, ao menos
não com a visão a qual estamos acostumados.
Em sua fala, percebe-se que ele não deixa de
conhecer e reconhecer o mundo ao qual está inserido, seus outros sentidos são o
que o ajudam a ‘enxergar’.
Como alguém que possui visão, me parece
inacreditável tal discernimento, sem que não haja em nenhum momento de sua vida
a possibilidade de ver o mundo como todos, mas entrar em contato com esse curta
me permitiu desconstruir essa ideia fixa e errônea que tenho a cerca de pessoas
cegas.
Após assistir ambos
os curtas que aqui foram citados, me apeguei a um questionamento que vejo como
extremamente válido: COMO POSSO FALAR DAQUILO QUE ME PARECE TÃO DISTANTE SE AO
MENOS NÃO TENTAR ME COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO?
Equipe: Fabiana Miranda, Fabrício Magalhães,
Grécia Nonato, Lorena Tínel e Mariany Carneiro
"Cinema é como um sonho, como uma música. Nenhuma arte perpassa a
nossa consciência da forma como um filme faz; vai diretamente até nossos
sentimentos, atingindo a profundidade dos quartos escuros de nossa alma".
(Ingmar Bergman)
Nenhum comentário:
Postar um comentário