quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

CINEMA E PESSOA COM DEFICIÊNCIA - RODA CURTAs


·                    BATUQUEIROS DO SILÊNCIO
Como assim surdos tocando música? É uma pergunta válida, porque realmente é muito difícil imaginar que isso ocorra. No curta, Batuqueiros do Silêncio, ver-se que isso ocorre sim, e muito mais perto da gente do que pensamos.
Numa escola em Recife, vem a proposta de ensinar os surdos a tocarem, ninguém acredita que isso possa vir acontecer, mas utilizando de sensores e lâmpadas, a mágica ocorre.
Irton Siva (Batmam Griô), professor e idealizador desse projeto, fala em algo que acredito, para tentar entender o outro é necessário se colocar no seu lugar, e é isso que ele vivencia ao estar com esses garotos e garotas quando estão tocando seus instrumentos, é necessário deixar de ser ouvinte e apenas sentir o prazer em tocar.


“Limites existem nos ouvidos de quem ouve e não nas mãos de quem toca.”


·                    O CEGO ESTRANGEIRO
Uma tela preta, assim como um cego, é o que podemos ver, com exceção apenas das legendas. Um cego narra sua história e nos permite por pelo menos um segundo experimentar o não enxergar o mundo, ao menos não com a visão a qual estamos acostumados.
Em sua fala, percebe-se que ele não deixa de conhecer e reconhecer o mundo ao qual está inserido, seus outros sentidos são o que o ajudam a ‘enxergar’.
Como alguém que possui visão, me parece inacreditável tal discernimento, sem que não haja em nenhum momento de sua vida a possibilidade de ver o mundo como todos, mas entrar em contato com esse curta me permitiu desconstruir essa ideia fixa e errônea que tenho a cerca de pessoas cegas.





Após assistir ambos os curtas que aqui foram citados, me apeguei a um questionamento que vejo como extremamente válido: COMO POSSO FALAR DAQUILO QUE ME PARECE TÃO DISTANTE SE AO MENOS NÃO TENTAR ME COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO?





Equipe: Fabiana Miranda, Fabrício Magalhães, Grécia Nonato, Lorena Tínel e Mariany Carneiro

"Cinema é como um sonho, como uma música. Nenhuma arte perpassa a nossa consciência da forma como um filme faz; vai diretamente até nossos sentimentos, atingindo a profundidade dos quartos escuros de nossa alma". (Ingmar Bergman)

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