Dentre
os transtornos do neurodesenvolvimento, como o transtorno (ou síndrome) de
Asperger, o transtorno desintegrativo da infância, o transtorno (ou síndrome)
de Rett, não há dúvida de que o mais conhecido, aquele em que se ouve falar com
mais frequência, é o transtorno autista (ou autismo infantil).
Esses
transtornos além de terem em comum fazer parte do grupo de transtornos do neurodesenvolvimento
denominados Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGDs), Transtornos
Invasivos do Desenvolvimento (TIDs) ou Transtornos do Espectro do Autismo
(TEAs), eles ainda compartilham sintomas centrais que comprometem pelo menos três
áreas específicas do desenvolvimento, a saber: déficits de habilidades sociais;
déficits de habilidades comunicativas (verbais e não-verbais); e presença de
comportamentos, interesses e/ou atividades restritos, repetitivos e
estereotipados.
Em
relação ao diagnóstico do autismo, este comumente se dá com base em uma lista
de critérios comportamentais estabelecida pelo DSM-IV-TR (Diagnostic and
Statistical Manual of Mental Disorders; em português Manual de Diagnóstico e
Estatística dos Distúrbios Mentais,
4a ed., texto revisto), a partir
da qual, para que a criança seja diagnosticada com transtorno autista, ela deve
apresentar pelo menos seis sintomas de uma lista de doze, isto é, pelo menos
dois dos sintomas devem ser na área de interação social, pelo menos um na área
de comunicação, e pelo menos um na área de comportamentos restritos,
repetitivos e estereotipados.
Com
o intuito de enriquecer e trazer mais informações, apresentamos um vídeo sobre
autismo a partir da fala de dois profissionais da área de psicologia: Christian
Vichi, professor doutor da Universidade Federal do Vale do São Francisco
(UNIVASF), no centro-Petrolina/PE, e Poliana Cruz, psicóloga formada pela
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Coordenadora do Centro de Atenção
Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi), no bairro Areia Branca em Petrolina/PE.
O
vídeo traz perguntas centrais tais como o que é autismo, como diagnosticar,
quais os tipos e como identificá-los, quais os métodos utilizados pelas teorias
psicanalítica e analítico-comportamental, bem como as atuais pesquisas na área.
Nele
ainda são abordadas questões importantes ao que se referem à importância da participação
da família e de uma equipe interdisciplinar (psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo,
fisioterapeuta, neuropediatra etc.) no diagnóstico precoce e tratamentos
possíveis de crianças com autismo.
Pensando
nisso, ao que não nos foi possível fazer, recomendamos entrevistas com outros
profissionais da área infantil e com as famílias de crianças com autismo para
oferecer ao público um maior conhecimento e entendimento sobre esse transtorno
do desenvolvimento.
Referência:
SILVA,
M.; MULICK, J. A. Diagnosticando o Transtorno Autista: Aspectos Fundamentais e
Considerações Práticas. Psicologia:
Ciência e Profissão, v. 29, n. 1, p. 116-131, 2009.
Equipe: Alexandre Rodrigues, Joíria Ribeiro e William Pilá.
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