Procurando um tema diferente para
postar no blog resolvi buscar produções artísticas feita por deficientes. De
maneira alguma faço deste post algo ligado a auto-ajuda ou lição de vida, como
a maioria dos blogs ligados ao tema, mas busco sim valorizar artistas
fantásticos que fazem arte de qualidade de uma maneira não convencional.
Utilizar sua maneira de ser no mundo
como mais uma forma de existir nele, é sim bem desafiador pra mim. Confesso que
ainda não sei como seria um existir, meu deficiente, e também não sei se eu
algum dia alcançarei a façanha de me imaginar (sentir, viver, etc) de uma
maneira bem diferente da qual sou agora.
Mas, seguindo o
post, vamos conhecer três dos diversos artistas que chamaram bastante atenção
minha e espero que chamem também a sua atenção.
A primeira é a
artista plástica Alison Lapper, nascida na
Inglaterra (1965) a artista não tem os braços, teve uma infância bem complicada
por ter sido abandonada pelos pais. Mesmo assim se tornou uma grande artista
recebendo diversas homenagens, dentre todas, a de mais destaque foi a do
artista Marc Quinn uma escultura
intitulada "Alison Lapper Grávida".
"Alison Lapper Grávida" |
Pintura de Alison |
Outro grande artista é o brasileiro Gonçalo Borges
nascido em 08 de janeiro de 1952(São Paulo). Ele tem os braços atrofiados e
também pinta com a boca, o mesmo em sua biografia se refere como um sujeito com
“Uma maneira original de nascer”. De uma maneira muito original seu trabalho é
reconhecido por mim como uma forma colorida de expressão e manifestação de
emoção pela a arte. Veja aqui em baixo alguns dos seus quadros.
Gonçalo Borges e alguns de seus quadros |
Um dos mais impressionantes para mim é o Paulo Henrique Machado,
animador de 45 anos e vítima de paralisia infantil reside a 44 anos na UTI do hospital
das clínicas (SP) e vive com auxilio de aparelhos. Paulo fez curso e aprendeu a
trabalhar com criação 3D, assim se tornou cineasta e dirige a serie “Leca e Seus Amigos”
Segue o link para quem quiser assistir pelo site Cartase: http://catarse.me/pt/leca . |
Por fim nesse trabalho tentei abarcar as produções artísticas que foram
feitas por pessoas deficientes, reconheço que ainda tenho uma caminhada grande
para retirar a deficiência do lugar de destaque e colocar a arte, mas mesmo
assim resolvi seguir com esse post. Nesse sentido minha caminhada de “abertura”
individual não termina aqui, mas, aqui é primeiro passo para reconhecimento de
uma “acessibilidade mental” (minha) que ainda não existe. Assim reconhecendo
minhas falhas procuro poder caminhar em direção a uma nova forma de ver mais a pessoa
não a sua deficiência.
Thiago Silva ( Graduando de Psicologia - UNIVASF)
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